Um certo ditado popular diz que “de grão em grão a galinha enche o papo”. Verdade, mas considerando as últimas notícias não há nada de errado em adaptar esta frase para “de grão em grão, o Brasil caminha para se tornar o número um”.
Digo isso porque setembro iniciou com uma boa notícia: segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), referente à safra 2022/2023, encerrado no dia 31 de agosto, o nosso agro ultrapassou o estadunidense como o maior exportador de milho do mundo.
Na safra encerrada, o Brasil respondeu por 32% das exportações mundiais, enquanto os Estados Unidos responderam por cerca de 23%.
Vejam que a diferença foi relativamente grande e não uma “ultrapassagem” por um ou dois pontinhos percentuais. E pensar que os norte-americanos foram líderes na produção e exportação deste grão por cerca de um século. A previsão é de que manteremos a liderança em 2024.
O Brasil também é o maior exportador de soja do mundo. Isso desde 2013. Além desses dois produtos, nosso país é o número um na exportação de carne bovina, açúcar, carne de frango, café, celulose e suco de laranja.
Mas voltando a focar no milho, trata-se de uma cultura muito importante, pois dele se extrai uma série de subprodutos importantes.
O milho é matéria-prima nas indústrias de ração animal, de etanol, de bebidas, de cosméticos, de extração mineral e de alimentos para seres humanos, entre outros.
Como se vê, há uma cadeia produtiva gigantesca que gira em torno dessa commodity. O alcance da liderança, portanto, aponta para uma robustez deste segmento que não só fortalece a indústria de Fiagros (Fundos de Investimentos nas Cadeias Agroindustriais) no que diz respeito aos ativos já originados, como também gera novas oportunidades de investimentos.
Como o próprio nome diz, o Fiagro não se limita à produção agrícola, mas a toda cadeia setorial. Sendo assim, há oportunidades no campo e na indústria relacionada.
E mais, com a estratégia da China de diversificar suas compras de milho, hoje concentradas nos EUA, o Brasil tem muito a ganhar e vai precisar de financiamento para atender uma possível demanda extra. Haja dinheiro para financiar tanta produção.
Os meios tradicionais há tempos já não dão conta de sozinhos darem o suporte necessário para os produtores. E com a demanda crescendo em uma velocidade acima das expectativas, os Fiagros passam a ter um papel fundamental para que o setor mantenha elevado o nível de produção e ainda atenda às expectativas de crescimento para os próximos anos.
Não há como a humanidade existir sem a produção de alimentos. O Brasil percebeu isso e há décadas trabalha para ser o celeiro do mundo. Com o apoio do Fiagro essa meta será atingida muito antes do que se imagina. E aqueles que acreditam e investem nesses fundos têm e continuarão a ter muito a comemorar.
Fonte: NTC
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