A CNT (Confederação Nacional do transporte) divulgou, nessa terça-feira (18), a nova rodada do Índice de Confiança do Transportador em relação ao ambiente de negócios e à sua atividade empresarial. A sondagem, feita com empresas de transporte rodoviário de cargas do Rio Grande do Sul, mostra que a confiança do segmento nas condições atuais caiu no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro. Já as perspectivas para os próximos seis meses são de leve melhora, apesar de ainda estarem baixas.
Do primeiro trimestre deste ano para o segundo, o índice de condições atuais caiu de 38,9% para 36,8%. Por outro lado, o índice de expectativas registrou uma leve ascensão, subiu de 50,9% para 51,1% no mesmo período. Os dados mostram que os transportadores estão mais confiantes no futuro que em sua situação atual. O índice geral de confiança dos empresários, que combina os dois indicadores, saiu de 46,9%, no primeiro trimestre do ano, para 46,3%, no atual.
Os motivos apontados pelos transportadores para essa baixa na confiança das condições atuais incluem a perspectiva de aumento de carga tributária, os juros elevados, a falta de investimentos em infraestrutura, o custo elevado para reposição e manutenção da frota, entre outros fatores. Por sua vez, o ligeiro aumento da confiança em relação às condições do próximo semestre está relacionado às perspectivas de menor variação dos preços dos combustíveis e de redução da taxa de juros, além da melhoria nos próprios negócios e da possibilidade de novas linhas de financiamento.
Para o levantamento, a CNT teve o apoio da Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul). A amostra contou com 321 empresários, dentre os quais 174 administram microempresas (até 9 empregados); 56, empresas de pequeno porte (de 10 a 49 empregados); 25, de médio porte (de 50 a 99 empregados); e 66, de grande porte (100 ou mais empregados).
A síntese divulgada pela CNT pode ser utilizada pelos empresários como um indicador antecedente da propensão do setor a fazer investimentos na atividade. Para a Confederação, o indicador é um balizador das ações de defesa de interesses do setor junto aos poderes Executivo e Legislativo federal e estaduais. Esse planejamento, tanto por parte das empresas quanto da Confederação, é fundamental, uma vez que a confiança é afetada pela política e pela conjuntura econômica.
Os dados gerados servem, ainda, para empresas fornecedoras e consumidoras dos serviços de transporte. Na prática, o ambiente logístico poderá entender o ânimo dos empresários do setor e antecipar as principais tendências em curto prazo.
Fonte: CNT
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